- Estarás pronta?
- Hum?
- Responde-me. Estarás tu pronta?
- Pronta para?
- Pronta para seguir em frente; para mudar, lutar e seguir em frente. Para mudar o Mundo. Sim, tu aí - nós aqui. Estaremos todas nós, prontas?
Não vou parar de lutar, baixar os braços, recolher as armas ou desistir. Não me vou render, e acima disso, ainda vou ganhar. Vou travar batalhas e guerras abertas; vou por mim, por ti e por eles; vou pelos que já foram, pelos que ficaram, e pelos que ainda vão. Se por pânico, medo, aflição, teimosia, feitio ou destino ainda não sei, mas vou.
(Estou em Lisboa, são 15:18. Está vento e frio, a música balança-se dentro de quem sou. Lá longe, no entroncamento, reflecte-se e mostra-se o sol ora escondido por prédios, ora escondido por nuvens. Resta-me mais nada que não esperança - um laivo mínimo de força.)
- Vamos mudar o Mundo?
Vamos mudar o Mundo - nós, os apaixonados que gostam de aventuras, falam com o olhar e têm todos os sonhos do Mundo. Não paramos nem quebramos, por uma liberdade de pensamentos que os unifica. Cada um no seu canto, no seu pequeno canto do mundo.
- E o amor?
«No amor e na guerra vale tudo». O amor cá continua presente e ausente, em todas as formas, feitios e sabores. Amor é aquilo que todos temos, seja ele uma paixão arrebatadora ou simplesmente um amor discreto; mas amor todos temos.
- E eles?
Eles assistem, eles agradecem e sorriem. Eles ajudam-nos quando chega a hora de lamber feridas e parar por um milésimo de segundo. Os amigos, fiquem eles ou vão - os amigos agradecem - acima de tudo, nunca se esquecem.
- Então é por eles?
Repito que é por mim, por ti, por eles, por quem fica, quem vai, quem foi. É por nós.
- Mas nós quem?
Nós. Só nós. Todos nós.
Beijinhos,
Mafalda
Fiquei com vontade... beijo
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