terça-feira, 6 de agosto de 2013

Alucinei ali

Sou uma gaja pouco sentimental no que toca a ti, ou pelo menos era. És meu irmão e esse estatuto bastava-me. Não te trato por mano, nem parvoíces que tais. Chamas-te João, chega bem. Ambos sabemos o que prá'qui vai, e o mundo não precisa de saber também. Por isso, desvalorizei as saudades que sentia - sabia que estavas onde a vida te saberia melhor e seria mais simpática. Ignorei os apertos ridículos em que me apetecia falar contigo só porque sim, em que queria que fosses tu a dizer 'I told you so'. Já tínhamos estado afastados, seria fácil - ou não tão difícil.
Depois percebi que, afinal, sou uma gaja sentimental contigo - principalmente com 1 ou 2 copos a mais, sendo que sempre nos demos bem nestes e com estes estados. Ia jurar que eras tu, um sósia com menos 5 cm de altura. Ia jurar que eras tu e por isso dei dois passos em frente, até ter percebido que afinal, não era possível que fosses tu. Naquela noite no Lux, chamei-me estúpida e desvalorizei a estupidez de saudade que tinha; mas acordei, e lembrei-me que te vi ali.
Então aí, percebi que sou uma gaja sentimental, e que 5 meses sem a tua presença à mão de semear, fizeram mossa.

Creio que foi Bukowski quem disse, que é preciso morrer-se várias vezes para se voltar a viver.

Beijinhos,
She versus Say

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