domingo, 25 de novembro de 2012

CDR - #Day 2

A sensação continua a mesma - continua a ser estranho, novo, velho, engraçado, constrangedor, lembranças, passado.
Saí de casa hoje, eram 15:45. Os calções vermelhos, collants pretos e camisola preta fazem agora parelha com o batom vermelho - nesta terra quase que uma espécie de crime contra a humanidade. Sinto-me observada, sei que por estas ruas sou hoje de novo estranha ao serviço. Tenho café marcado às 16 com o P., um poeta que me acompanha fazem anos e anos. Esta, é das poucas almas que ainda valida tanto as minhas vindas a esta cidade, como a minha própria existência. Desenrolei com ele horas de conversa, actualizei uma vida, duas vidas em que ambos tínhamos ficado congelados. Algures há 3 anos que nos regíamos pelo básico da comunicação - mas aquele abraço, será sempre o abraço de quem assistiu de uma maneira ou de outra a todas as mudanças que sofri, a todas as batalhas que travei. Tinha saudades, tantas saudades.

São 18 horas, o meu telemóvel toca inoportunamente a meio de um dos milhares virares de histórias para contar. Este contacto, regeu-se por uma comunicação:

'Almoço de família paterna convocado porque a Mafalda está cá. Amanhã às 12:30, em casa da avó, aquela em que todos crescemos'.

Desci à terra, e com isto tive quase uma 'out of body experience'. Não sei sinceramente como lhes reagir, como reagir à falsidade de que todos padecem. Aquela, é a família que me virou costas quando não tive dinheiro para comer, é a família que humilhou os meus heróis - também conhecidos como meus pais - até onde não podiam mais. Então amanhã só lhes vou lá ensinar uma coisa: não se vira as costas a um irmão. Esta lição vai chegar da mais simples forma; sob a forma de sucesso. And I win.

Amanhã espeto aqui com o resultado do confronto pacífico que vou enfrentar. Wish me luck!


Beijarolas e sorrisos,
Morena

1 comentário:

  1. Não sei qual é o melhor caminho perante uma situação dessas mas digo-te que não tenho a tua paciencia. Quando a familia do meu pai me virou costas, matei-os em vida. Chamem-me antipatica mas não compactuo com idiotices.

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